segunda-feira, 17 de maio de 2010

PROJETO - PRESENÇA NORDESTINA - ILANA VALENÇA INTERPRETA AILSON CAMPOS

Está em andamento o projeto fonográfico "Presença Nordestina" Ilana Valença Interpreta Ailson Campos. É para mim, motivo de muita alegria poder caminhar dentro de um sonho que sempre vagou dentro de mim. Ter Ilana cantando minhas canções é um dos melhores presentes que eu poderia receber. Ela que é dona de uma das mais belas vozes que já conheci, simplesmente com toda doçura e afinação conseguiu transmitir tudo aquilo que só imaginava dentro da minha cabeça.

O Projeto Fonográfico PRESENÇA NORDESTINA “ILANA VALENÇA CANTA AILSON CAMPOS” é a revelação de um cenário transparente onde letras e músicas entrelaçam-se, buscando as rédeas de nossa identidade cultural. É o rebento concebido no seio de uma geração a quem o sistema industrial da música tem empenhado pouca ou quase nenhuma atenção ou oportunidade. É o elo entre o brejeiro e o sofisticado. É enfim, a expressão viva da cultura brasileira, em especial a cultura nordestina.
Com um toque de contemporaneidade, as letras casam-se com ritmos que vão do baião ao bolero, do samba ao xote Permitindo assim, uma maior acepção das palavras e sua ligação com determinado ritmo.
O autor-compositor, reveste-se de sutileza e mergulha nas profundezas do seu eu interior, buscando assim a forma mais pura e mais clara para expressar o sentimento do homem que está lá no litoral, com seus costumes, suas tradições; bem como aquele que persiste, lá onde resiste o agreste e o sertão, revestido em crenças, tristezas e esperanças. A intérprete por sua vez deleita-se sobre a essência do todo. Dando vida a cada palavra, cada nota musical.
O Projeto Fonográfico PRESENÇA NORDESTINA “ILANA VALENÇA CANTA AILSON CAMPOS”, foge aos padrões atuais da música. Pegando o barco contra a correnteza, num momento delicado e difícil. É fruto do meio de uma geração um tanto dispersa, um tanto sonhadora, um tanto insistente em suas raízes. Mas, é acima de qualquer rótulo, um projeto ousado, que prova em toda sua integridade que a cultura nordestina está bem viva.
Ailson Campos

domingo, 2 de maio de 2010

AUTO-VISÃO


O tempo não vai estancar
Se ficarmos à beira da estrada
Remoendo,
lamentando desprazeres.
Em algum momento vamos descobrir
Que em tudo há uma razão
E que é preciso
Que em tudo haja conseqüências
Pois só assim
Amadureceremos com nossos acertos
E com nossas falhas

Faço hoje uma auto visão
Sobre a minha vida
E arranco do tempo
Frestas que jamais foram preenchidas
Sonhos que cultivei
Pessoas que tanto amei
E que se foram
como ondas no mar,
mas deixaram em mim
um gosto de eternidade

e continuo aprendendo
que a vida é uma eterna escola
e tem o tempo
como mestre e senhor.
Hoje sei de cór
Que caminhos são abertos
Para serem seguidos
Que obstáculos
Existem para que sejam vencidos
Que problemas existirão
Independente de correr
Ou me esconder no sótão
Que não se paga pra sonhar
Que um sorriso não custa nada
É gratificante
E faz tanto bem!...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

COMENDADOR ALCEU VALENÇA


O filho ilustre de São Bento do Una faz show histórico na comemoração dos 150 anos de emancipação política e recebe o título de Comendador Sãobentense

quinta-feira, 29 de abril de 2010

EU COMIGO





Às vezes me pego vagando
Entre estrelas,
Em estranhos planetas,
Em lares que jamais foram meus.
Mas, há paz
De uma existência perdida
Em momentos concebidos
No fundo de algum sonho,
De remotos tempos.
E eu nuca estou só.
Há sempre a presença afetuosa de alguém
Alguém indefinido.
Mas, sinto-me feliz,
Por não estar só.
E a cada passo,
Uma estrela brilha ao meu redor,
Um novo reflexo de cometa
Me arrasta universo afora.

Às vezes me pego vagando
No meio da multidão,
Entre povos estranhos,
De estranhas culturas.
E quanto mais rostos
Surgem à minha frente,
Menos entendo o coração humano.
Mas, eu nunca estou só.
Há sempre uma voz
Num canto da cidade
Que me desperta
E não me deixa parar.
Uma voz indefinida.
E sinto-me imensamente feliz
Por saber que não estou só.
A cada passo
Uma nova voz ecoa
De algum lado da rua
Me levando trilha afora.


Às vezes me pego vagando
Sozinho comigo.
Entre “EU” solitário,
Entre “EU” sonhador.
E sinto-me ainda mais feliz,
Por saber que não estou completamente só.
Há paz de uma existência incontida,
No seio de tantos “EUS”.
Uma esperança pulsando
No peito de cada um.
E passo a passo
Na estrada da vida
contemplam-se na própria existência,
Como uma fonte
Que nunca seca.
Afluentes que vão seguindo,
Dando vida ao rio
Que não para de seguir,
Pois, tem como destino o “MAR”.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

USA For Haiti – We Are The World


Na comemoração do 25º ano de lançamento a música foi regravada, em fevereiro de 2010 agora para ajudar nossos irmãos do Haiti. Uma iniciativa louvável onde vários astros da música emprestaram suas vozes dando um brilho diferente à canção que há 25 anos atrás foi gravada por 45 dos maiores nomes da música, percorreu o mundo inteiro emocionou muitos corações e ainda ajudou os nossos irmãos africanos. O single, o LP e o clip renderam cerca de 55 milhões de dólares. Vamos torcer para que essa nova iniciativa possa produzir bons frutos e que venha ajudar o máximo de irmãos no Haiti

O ENTARDECER DE NOSSAS VIDAS


E a casa grande já não reflete o eco dos gritos das crianças a correrem freneticamente de um lado para o outro, trazendo nas solas dos pés as marcas de uma infância um tanto sofrida, mas também, cheia de esperanças. Hoje, vivemos para contar nas pontas dos dedos, quantos ainda restam e quantos já se foram. Como é sombrio e cheio de mistério o entardecer de nossas vidas! Quantas incertezas, quantas perguntas sem respostas. Se outrora soubesse que tudo passaria tão rapidamente, assim como as ondas que vêem beijar a areia e num toque de magia, se vão pra nunca mais, teria empenhado mais tempo em viver as grandes emoções. Teria cultivado, com mais intensidade, o carinho dos meus.

O que tento dizer com tudo isso, na verdade, é que a nossa vida deve ser regada com amor, com paciência, com dedicação, com delicadeza e, acima de tudo, com a essência da própria vida, pois só assim, poderemos deixar cravadas no tempo, as marcas de nossas realizações. Não precisamos mostrar vitórias ao mundo, a alma humana não se alimenta de troféus ou medalhas pois, a grande vitória é conquistada no mais intimo do ser. Não importa se ao final de tudo, não tenhamos conseguido mudar o mundo ao nosso redor, mas pelo menos sonhamos e dividimos junto com os nossos, a semente do amor que foi semeada em nossos corações.

Tínhamos motivos de sobra para sermos felizes, pois nada substitui a presença do ser amado, o olhar carinhoso, a mão amiga, a palavra de carinho e de conforto, o abraço protetor. Ah, como é difícil pensar na distância. As ruas agora parecem largas demais, compridas demais, verdadeiras prisões. Suas casas de fachadas coloridas e azulejadas, não refletem nada mais do que foram um dia. Parece até que o tempo, como um cruel vendaval, pouco a pouco foi ruindo, apagando as cores da tela de nossas vidas, implantando covardemente o cinza das tardes nevadas. Já nem se ouve mais o brado de crianças a correrem seguras e a brincarem de roda. Agora, enjaulados dentro da própria liberdade, buscam atalhos para fugirem da violência: (o boi da cara-preta ) que tanto nos assustou na canção de ninar.

Quem me dera o tempo em que os espaços eram pequenos para tanta fantasia, para tanto sonho. Quem dera o tempo em que nada importava a não ser viver. Quem me dera o tempo em que se podia abrir a janela do quarto no inverno e adormecer ao canto da chuva. Quem me dera, enfim, o tempo em que se podia sentar à janela em frente ao sol poente e ouvir da boca do meu sábio avô, as mais belas histórias do nosso povo, de nossas origens. Jamais conheci alguém tão sábio e tão sensato. Nunca foi a uma escola. O próprio tempo foi seu professor. Sua vida simples, seus gestos claros, a verdade sempre presente nos lábios. Foi ele um espelho de sensibilidade para todos nós. O seu cuidado, o seu zelo para com a família, há de se perpetuar até o fim de nossas gerações.

Eu guardo no cofre do meu coração, sentimentos que comigo hão de atravessar vales e montanhas. Sentimentos estes, que se renovam a cada dia. Pensar no tanto de vida que Deus me deu, nas emoções que tanto vivi, nos vários lugares por onde andei, nos amigos que conquistei. Tudo são como pedras preciosas que sempre estão a iluminar, até mesmo quando os reveses da vida tentam me render. Daí, vôo ao mais fundo dos sonhos e capto o mais simples, sugo a sua essência e corro pra vida outra vez. Ergo os olhos aos céus e agradeço a Deus por estar vivo, e por ter força para renascer a cada dia e, principalmente, por ser protagonista desta coisa tão boa e tão bela chamada VIDA.

terça-feira, 27 de abril de 2010

A ESTRADA


Ao longe se perde a estrada, calada
em busca de que?
Te vejo Maria de tantos, em volta silente,
sem ventos, nem tempestades
Sem sonhos, sem vaidade
Apenas a ânsia de um reencontro
trazes na mente
Mas, para onde foi a estrada?